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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A gente colhe o que planta



Paulo quase não viu a senhora, com o carro parado no acostamento. Chovia forte e já era noite. Percebeu que ela precisava de ajuda. Assim, parou seu carro e se aproximou. O carro dela era bem novo, e a senhora pensou que pudesse se tratar de um bandido.
Paulo percebeu que ela estava com muito medo e disse:
- Eu estou aqui para ajudá-la, senhora. Não se preocupe. Meu nome é Paulo e eu vou trocar seu pneu furado.
Paulo abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro. Logo, ele já estava trocando o pneu. Ficou um tanto sujo e machucou, um pouco, uma das mãos.
Enquanto Paulo apertava as porcas da roda, ela abriu a janela e começou a conversar com ele.
Contou que era de São Paulo e que só estava de passagem por ali, e que não sabia como agradecer pela preciosa ajuda. Paulo apenas sorriu, enquanto se levantava. Ao final, ela perguntou quanto lhe devia. Tinha imaginado tudo de ruim que poderia ter acontecido, se Paulo não tivesse parado e ajudado. Paulo não pensava em dinheiro, gostava de ajudar as pessoas. Era seu jeito, seu modo de viver. E respondeu-lhe:
 - Se quiser me pagar, da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê para esta pessoa a ajuda de que ela precisar, e lembre-se de mim.
Alguns quilômetros depois, a senhora parou em um pequeno restaurante. A garçonete trouxe-lhe uma toalha limpa para secar o cabelo molhado, e lhe dirigiu um sorriso. A senhora notou que a garçonete estava quase no final da gravidez, e que isso não mudou seu bom humor. Ficou surpresa com a gentileza de alguém que tinha tão pouco, tratar tão bem a um estranho. Então, se lembrou do Paulo.
Depois que terminou a sua refeição, e enquanto a garçonete buscava troco, a senhora se retirou.
Quando a garçonete voltou, queria saber onde a senhora estava, quando notou algo escrito no guardanapo e, sob ele, 5 notas de R$ 100,00. Lágrimas encheram seus olhos, quando leu o que a senhora escreveu. Dizia:
- Você não me deve nada, eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou hoje e, da mesma forma, estou ajudando você. Se quiser me reembolsar por este dinheiro, não deixe este círculo de amor terminar com você: ajude alguém.
Naquela noite, quando a garçonete foi para casa e deitou-se na cama, seu marido já estava dormindo. Ela ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito. Como pode, aquela senhora, saber o quanto ela e o marido precisavam daquele dinheiro? Ia ser gasto com coisas para o bebê que estava para nascer no próximo mês. Ficou pensando na bênção que havia recebido. Agradeceu a Deus. Virou-se para o marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo e sussurrou:
- Tudo ficará bem. Eu te amo, Paulo. (O homem que trocou o pneu).

Pense nisso!
A VIDA É ASSIM, UM ESPELHO. TUDO QUE VOCÊ TRANSMITE, VOLTA PARA VOCÊ.

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